Chapeuzinho amarelo, o medo e a pandemia

Quais atividades podemos realizar com as crianças durante o período de isolamento por conta da pandemia?

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Quais atividades podemos realizar com as crianças durante o período de isolamento por conta da pandemia?

Quem tem crianças pequenas na família como eu, deve estar se desdobrando para pensar em atividades prazerosas com os pequenos. Em alguns casos isto se torna ainda mais desafiador, pense por exemplo, nas famílias que tem crianças de diferentes faixas etárias, contemplar a todos não deve ser muito fácil.

Mas a contação de histórias é uma atividade prazerosa inclusive para adultos. Além disso, neste momento no qual as crianças estão tão expostas a tecnologia é necessário lembrar da importância da leitura, principalmente no período no qual as crianças estão sendo alfabetizadas. Os pequenos ficam muito curiosos para saber como histórias tão impressionantes podem surgir a partir de todas as letras e palavras que os livros contêm.

Por outro lado, o fato de você colocar seus filhos perto de você para ouvir as histórias, faz com que eles se sintam acolhidos e fortalece o vínculo entre pais e filhos. Hoje quero indicar para vocês o livro Chapeuzinho Amarelo de Chico Buarque, este livro conta a história de uma garotinha que não conseguia brincar e realizar outras atividades comuns durante a infância por conta do medo, no meio da história acontece uma reviravolta e a menina se vê diante de seu maior medo.

Por fim, Chapeuzinho Amarelo demonstra ter passado por uma grande transformação, aprendendo a conviver com o próprio medo sem deixar de realizar atividades que lhe dão prazer. Este tema é universal, pois, todas as crianças sentem medos que precisam ser superados para que elas possam se desenvolver de forma saudável. Que tal aproveitar o período de isolamento para curtir essa história com seus filhos? Fica a sugestão.

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06/2020

Ana Leticia Guedes Pereira
Ana Leticia Guedes Pereira

Psicóloga e professora universitária na Faculdade Católica Dom Orione

Mestra em Psicologia Clínica (2012), na área de Família e Comunidade pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo- PUC-SP, onde estudou sobre a dinâmica relacional entre pais e crianças com TDAH.