O grande educador, Paulo Freire, nasceu em 19 de setembro de 1921 e completaria 100 anos, em 2021. E o instigante é que suas ideias continuam atuais e inspiradoras, pois construiu uma grande história, criou o método Paulo Freire e sua filosofia extrapolou fronteiras, ganhando adeptos em todo o mundo; suas concepções pedagógicas e filosóficas ensinaram e inspiraram gerações.
A ênfase da sua proposição pedagógica de alfabetizar ultrapassa a simples e mecânica apropriação da leitura e da escrita, onde Freire defendia uma alfabetização que possibilitasse ao indivíduo a busca da autonomia, de conhecimento de mundo e um amplo processo de senso crítico. O que nos leva a correlacionar, nos dias atuais, a propositura freiriana ao processo que hoje chamamos de letramento, que, de acordo com Soares (1998, p. 47), pode ser definido “como estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva as práticas sociais que usam a escrita”.
Fato que nos leva a crer que no método utilizado por Paulo Freire, ainda que essa não fosse sua intenção pedagógica, já se buscava a alfabetização com letramento, uma vez que sempre partia do princípio de que não basta que se saiba ler e escrever, é preciso que se entenda o que se aprende e que a educação seja contextualizada, dialógica, libertadora e transformadora.
Nós, professores, ao refletirmos sobre o centenário de Paulo Freire somos convidados a nos aprofundar sobre esse grande educador e sonharmos juntos com um mundo melhor e mais humanizado. Sempre tendo em mente o conceito que Freire nos traz do verbo esperançar, que não sejamos educadores passivos e sim ativos e propositores de um fazer docente inovador e que possibilite sempre o processo de investigação, tematização e problematização. Essa é a verdadeira homenagem que podemos render a este grande educador!